- A Chegada - Através de metáforas complexas, o longa mostra como as ciências naturais e as ciências humanas devem caminhar juntas para o progresso da humanidade, deixando no espectador um sentimento melancólico e reflexivo, extremamente condizente com o verdadeiro papel atribuído à arte.
- Capitão Fantástico - O road-movie é constituído por um roteiro de altíssima pertinência, que se sobressai nos diálogos entre os personagens, abordando críticas e reflexões acerca dos padrões e instituições sociais. (Obs: O filme apresenta uma versão belíssima de "Sweet Child O' Mine", na possível cena mais tocante do ano.).
- Os Oito Odiados - "Os Oito Odiados" é definitivamente um filme de Tarantino, dotado de roteiro pensado nos detalhes, direção inteligente e escolha de atores excepcional, que reforçam a ideia de que Quentin Tarantino é o maior idealizador da Era Moderna da sétima arte.
- A Juventude - A vida é como uma orquestra; até mesmo a mais linda das canções com os acordes mais refinados e instrumentos mais angelicais pode acabar um dia. A existência humana é finita e o diretor mostra que essa é a verdadeira "grande beleza".
- O Regresso - Com toda a suposta falta de ambição que o filme inspira, ele se prova o contrário: uma obra grandiloquente que se caracteriza por um profundo estudo da identidade humana através de uma história extremamente bem dirigida e com o elenco ideal para tal estudo antropológico.
- Boi Neon - O melhor filme brasileiro do ano apresenta um retrato verossímil do interior brasileiro, através de fotografia absolutamente estonteante, trilha sonora condizente com o tom do filme e atuações genuínas, que promovem fácil identificação com o espectador.
- Creed - O longa-metragem apresenta como destaque sua cinematografia praticamente impecável, que torna o filme a melhor obra já feita com Rocky Balboa. Vale destacar a excelente atuação de Michael B. Jordan e o plano sequência espetacular dirigido por Ryan Coogler.
- Elle - O filme francês trata de elementos extremamente debatidos na sociedade atual tais como a cultura do estupro e o empoderamento feminino. Todavia, o diretor Paul Verhoeven usa de tais sub-textos para realizar um profundo estudo de personagem, protagonizado pela excelente Isabelle Huppert (melhor atuação feminina do ano).
- Anomalisa - "Anomalisa" é um filme que faz jus ao nome, por ser irreverente, metafórico, paradoxal, além de extremamente íntimo e reflexivo.
- A Bruxa - "A Bruxa" é um excelente retrato histórico que subverte o gênero de terror, apresentando experimentações com a linguagem cinematográfica que tornam o longa extremamente original (e assustador).
- Demolidor