No elenco o longa acerta em cheio. Andrew Garfield é mil vezes melhor que Tobey Maguire como o aranha. O drama do personagem é muito bem retratado nele, principalmente no final do longa, onde existe uma cena realmente emocionante. Emma Stone é Gwen Stacy. Suas indecisões aparecem no rosto da atriz, que, hoje em dia, é a única que consigo pensar para o papel. Jamie Foxx também é um ótimo Electro. O ator oscarizado realiza muito bem a transformação do personagem. O elenco secundário também foi bem selecionado.
Embora muitos tenham dito que os efeitos visuais são muito bons, eu discordei. As cenas do herói andando pela cidade com as teias possui muita computação gráfica, lembrando uma animação 3D. Há inclusive uma cena de um avião que lembra muito "Os Incríveis" da Pixar. A fotografia e o design de produção são surpreendentes, principalmente por sua coloração viva, que lembra bastante os quadrinhos. Em termos de figurino, o uniforme do aranha nunca esteve tão bem nas telonas. Os olhos enormes lembram muito as HQs também.
O filme perde muito na direção realizada por Marc Webb. Ele usa de artifícios em momentos completamente sem motivo, por exemplo, ângulos holandeses (câmera torta, na diagonal, para dar sensação de desconforto ou tontura) em um diálogo completamebte pacífico de Peter com a Tia May. As cenas com a melhor cinematografia são as que o aranha passeia pela cidade em suas teias (mesmo parecendo desenho animado) que são justamente as que Marc Webb não filmou. Mas enquanto essa franquia der dinheiro, a Sony vai continuar apostando nele.
O longa deixa um gancho para o próximo no final, prometendo um grande filme do herói. O longa também possui uma cena durante os créditos, mas não tem nada a ver com o futuro da franquia. Era esperado um filme pior, mas, mesmo com elenco bom, dramatização bem feita e visual interessante, o longa falha em certos pontos do roteiro, algumas falhas que já aconteciam no primeiro filme.
Nota:
-Bilbo
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