quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Crítica de "Nebraska"

Indicado ao Oscar de Melhor Filme, “Nebraska” chegou aos cinemas essa semana. A primeira impressão do filme da maioria das pessoas deve ter sido: “Por que em preto e branco?” Bom, ao ver o filme, o espectador não encontra um motivo claro para isso, mas pode-se relacionar a dessaturação da imagem com o tema da história. Afinal, a trama trata-se de idosos. O roteiro do longa é inteligente, mas cansativo em certos pontos. Isso também acontece por causa duma edição lenta e pouco precisa. A história acompanha Woody (Bruce Dern) e seu filho David (Will Forte) em sua jornada para Lincoln para receber o suposto prêmio de 1 milhão de dólares que o pai havia ganhado. É quase que um road-movie, mas o roteiro contém muitas cenas desnecessárias para encher o longa, o que, depois de certo ponto, fica chato. Mesmo assim, ele possui múltiplas camadas de entendimento, afinal, mais do que a jornada do pai e do filho para o prêmio, o filme trata a jornada do pai e do filho pelo entendimento mútuo.
O elenco é um ponto forte do longa. Bruce Dern está muito bem como o protagonista Woody. Sua caracterização do personagem é impressionante. Não é à toa que ele é um ator consagrado. Will Forte já não está tão bem, em alguns momentos, suas expressões parecem meio forçadas, mas é aceitável. Completam o elenco June Squibb (muito bem), Bob Odenkirk e Stacy Keach. A seleção de elenco do longa é muito boa. A fotografia já é um ponto polêmico. Como já citado antes, o filme não tem cor.Tudo bem que existe uma explicação, mas a pergunta é: Isso é realmente necessário? Tudo bem que não atrapalha a história do filme, mas não vejo um motivo claro para fazer isso. O longa não contém efeitos visuais. O figurino é praticamente o mesmo de cada personagem durante o filme inteiro, o que acaba os caracterizando.

A direção é de Alexander Payne, que realizou um bom filme. O movimento de câmera é muito bem feito e o diretor mostra que sabe o que está fazendo. Porém, como já expicado, a edição é lenta e arrastada. Os cortes demoram para serem feitos e as tomadas começam antes do que deveriam. Dá a impressão de que tentaram encher mais ainda o longa com isso.
No geral, é um filme inteligente e com diálogos corridos bem escritos, mas em função de sua edição e de seu roteiro, acaba tornando-se lento e entediante em certos pontos.

Nota:


- Bilbo

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