Depois de todo o sucesso do primeiro, estava na hora de vir uma sequência, e ela chegou em 1979, três anos depois. Conhecido no Brasil como "Rocky II - A Revanche", o longa apresentava exatamente o que o título insinuava, a revanche de Rocky Balboa contra Apollo Creed (Carl Weathers). Neste filme Rocky tem um filho com Adrian (Talia Shire), sua esposa. Esse filme, Stallone não só escreveu e atuou, como também dirigiu. O final é grandioso e encerra a história perfeitamente. Uma continuação não seria necessária, mas as pessoas falaram a mesma coisa sobre o primeiro filme.
"Rocky III - O Desafio Supremo" chega em em 1982 (mais um vez, depois de um intervalo de três anos) para encerrar a suposta trilogia do pugilista. Na trama, Rocky já era famoso, assim como Stallone na vida real. Apesar de muitos não saberem, o longa lançou a música Eye of the Tiger da banda Survivor e ainda foi indicado ao Oscar de melhor canção original por ela. Apesar do que o público pensava, a continuação não ficou forçada e manteve o nível dos dois primeiros. Pronto. A trilogia estava encerrada.
Parece que as pessoas se enganaram porque três anos depois vinha "Rocky IV", novamente com direção, atuação e roteiro de Sylvester Stallone. Este longa evidencia o grande embate da Guerra Fria entre os EUA e a URSS, mostrando a América como o ideal com Balboa, e a União Soviética como os ilegais, com o lutador Ivan Drago (Dolph Lundgreen), que, além do uso de drogas, espancou Apollo, que era o atual treinador de Rocky,
Cinco anos depois o mundo veria "Rocky V". Considerado por muitos o pior da franquia, o longa não é dirigido por Stallone, mas por John Avildsen, que havia dirigido não só o primeiro Rocky, mas também os três "Karate Kid" originais. Desta vez o oponente de Balboa é Tommy Gunn, um garoto que foi treinado por Rocky, mas abandonou-o depois da fama e do dinheiro subirem-lhe a cabeça. Neste filme, o protagonista desenvolve um sério problema no crânio e decide parar de lutar ainda no primeiro ato. Mesmo assim, acaba quebrando essa decisão com a luta final que, pela única vez, ocorreu na rua e não num ringue.
Em 2006, 16 anos depois do último filme, Stallone volta, desta vez bem mais velho. Sua esposa está morta e ele vive apenas de recordações. Enquanto isso, o boxe está entrando em decadência. O campeão Mason Dixon já é questionado por nunca ter enfrentado um lutador de peso. Após uma série de ocorrências, Rocky percebe que não está feliz com a sua vida e resolve voltar aos ringues para uma última luta, que acaba sendo com o atual campeão, Dixon. Quem não fica nada contente com sua decisão é seu filho Robert Balboa Jr (Milo Ventimiglia), que já vivia à sombra do pai e agora as coisas iam piorar. Stallone solta um dos grandes discursos motivacionais da história do cinema com: "Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Mas não é sobre o quanto você consegue bater. É sobre o quanto você consegue aguentar a pancada e seguir em frente. É assim que se vence!" O filme é cheio de flashbacks que fazem o espectador lembrar da vida do boxeador, possuindo uma edição excelente e uma trilha sonora já consagrada muito bem aproveitada (quem não conhece o tema do Rocky?).
Com uma estrutura narrativa praticamente igual, Stallone ganha os méritos não pela direção e atuação, mas pela a história e o envolvimento com o personagem, algo que não encontramos nos dias de hoje. Eu não consigo enxergar um ator atual que poderia ser o Rocky. Em seis filmes, Stallone conseguiu resumir não só a vida de Rocky Balboa, mas também a sua. O ator cresceu junto com o personagem e criou uma grande história de superação. Mostrando que não é sobre o quanto você consegue bater, mas o quanto você consegue aguentar a pancada e seguir em frente, o que, no fim, era a estratégia de Rocky e a de Stallone.
- Bilbo
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