terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Crítica de "Sherlock - 3° Temporada"

O morador mais ilustre da Baker Street está de volta na TV. Com três episódios de aproximadamente uma hora e meia, a terceira temporada da série teve seu desenrolar. Produzida pela BBC, a série acompanha o detetive particular Sherlock Holmes (Benedict Cumberbatch) com seu fiel escudeiro John Watson (Martin Freeman) em suas aventuras para desevendar mistérios. Porém diferentemente dos romances de Arthur Conan Doyle onde a história passava-se antigamente, a série mostra uma versão atual do detetive, com a tecnologia ajudando no desvendamento de crimes. O interessante da série ser feita na Inglaterra é que passa-se uma imagem mais fiel a obra original, ao mesmo tempo que introduz o velho e bom humor inglês aos fatos decorridos na temporada.

A 3° temporada da série (a temporada em que irei comentar) foi bem compacta. A trama foi bem divida nos três episódios, mostrando assassinatos, casamentos e fatos inesperados. Acho que o índice de qualidade continua altíssimo, porém as temporadas anteriores foram mais bem encaixadas e o roteiro delas foi muito melhor arquitetado. A 3° temporada apresenta muitos conflitos emocionais entre os personagens, o que chega a ser interessante, mas depois de um tempo, isso fica repetitivo. O roteiro continua brilhante, porém a temporada não conseguiu encontrar um adversário à altura de Sherlock Holmes, como foi o Professor Moriarty nas últimas temporadas. A relação entre Sherlock e John foi muito bem desenvolvida e os diálogos entre os dois são divertidíssimos. Mesmo tratando-se de episódios com uma longa duração, a temporada conseguiu sempre prender a atenção do espectador e a trama principal de cada episódio foi proposta desde o início, proporcionando um apega ao enredo e a história.

A série continua com atuações brilhantes. Martin Freeman faz um ótimo trabalho no papel de John Watson, retratando as dúvidas e emoções do personagem. Porém quem se destaca é o fabuloso Benedict Cumberbatch, que retrata de forma genial a genialidade de Sherlock Holmes. Toda a loucura, a inteligênica e a percepção que o personagem possui são bem transmitidos a tela de uma forma brilhante. Me atrevo a dizer que ele é um dos melhores Sherlock Holmes que eu já vi. O elenco coadjuvante também é bom, sempre cumprindo seu papel na hora requisita.

A direção da temporada é boa, retratando as deduções de Sherlock. Porém a direção deixou de dar um clima tenso (que tinha nas temporadas anteriores) para as situações, fazendo com que a série ficasse mais leve, sem muito clima de suspense. Não que isso seja uma coisa ruim, mas o clima de suspense que ficava no ar quando Sherlock não conseguia decifrar a mente de determinado adversário, era impagável e uma experiência muito melhor de ser assistida. A posição da câmera tem uma qualidade cinematográfica e todo o ambiente é bem explorado. A ambientação de Londres é boa e o figurino faz referências ao personagem dos livros, dando um brilho nos olhos dos fãs. A série possui alguns efeitos especiais, como o artefato da câmera lenta (não como nos filmes do Zack Snyder) que é usado com o intuito de dar uma beleza visual a cena. É interessante como é bem feito, afinal são praticamente três filmes num espaço de duas semanas.

A temporada é extremamente divertida e retrata muito bem a relação cômica entre os personagens. Porém o que torna a temporada brilhante são os desvendamentos dos crimes e a arrogância de Sherlock Holmes. A série britânica continua no seu brilhantismo, só decaindo um pouco pela falta de vilões a altura de Sherlock Holmes, porém isso não será um problema para a próxima temporada. Elementar.
Nota: 





- Demolidor

Nenhum comentário:

Postar um comentário