domingo, 15 de dezembro de 2013

Crítica de "Como não Perder Essa Mulher"

Mais um filme hollywoodiano em cinemas brasileiros. O filme acompanha Jon (Joseph Gordon-Levitt), um homem obcecado por mulheres e que não liga pra nada, além de cuidar de seu corpo e ir à baladas. Até que ele encontra uma garota chamada Bárbara (Scarlett Johansson) e ele começa a ver o mundo de uma forma diferente. O roteiro também é de Joseph Gordon-Levitt e é bem superficial. O personagem principal é o típico playboy que não quer saber de nada a não ser ficar com mais e mais mulheres e seu desenvolvimento não passa disso. A proposta do filme não foi bem passada, pois deixa a dúvida se aquilo é um retrato da realidade ou é apenas um personagem fictício. O final do filme é surpreendente, mas infelizmente é ruim. Não darei spoilers, mas no final Jon não aprende praticamente nada e sua escolha é absolutamente sem lógica. O roteiro tentou dar uma profundidade entre o casal principal, mas depois de um tempo, eles cortam esse relacionamento e a finalização da relação foi feita de uma forma muito seca e inexplicável.
O elenco é razoável. Joseph Gordon-Levitt tenta bancar o galã, mas acaba se perdendo no desenvolvimento do personagem. As emoções passadas divergem-se com as ações do personagem, causando um pouco de confusão. Além disso, o ator tem uma atuação sem profundidade alguma, mas isso também é combinado com a má criação do personagem. Scarlett Johansson, no tempo que a foi dado, interpretou bem a princesa ingênua que obriga todos a fazerem o que ela desejar, não dando nenhum espaço para o seu namorado. Além deles, o elenco é provido de boas atuações coadjuvantes que possuem um ótima timing no tempo em que estão à frente das câmeras. Um exemplo é Juliana Moore (recentemente trabalhou em "Carrie - A Estranha") que possui uma atuação fluida e sem erros.
A direção é (também) de Joseph Gordon-Levith e também possui muitos erros. Um deles que é totalmente perceptível é o fato da câmera focar sempre no personagem principal, deixando os outros personagens e a ambientação de lado. Isso é uma forma de tentar fazer o público entender os pensamentos de Jon, mas como o roteiro peca pela superficialidade, essa estratégia não dá certo.
Os efeitos visuais não foram muito percebidos. Efeitos especiais não existem e a fotografia (fruto da direção) também peca ao focar muito no protagonista deixando o desenrolar da história de lado. O figurino do longa é bem escolhido, principalmente na boate, onde se tem a impressão de que está realmente tendo uma festa ali.
O filme na sua primeira metade diverte e deixa o espectador curioso para ver se o protagonista muda de personalidade devido ao amor, mas isso não acontece, tornado a segunda metade do filme meio arrastada e com diálogos previsíveis. Joseph Gordon-Levitt tenta se comprovar como roteirista, diretor e ator, mas peca em todos os quesitos exibindo um filme com uma mensagem totalmente errada.
Nota:

                                                                                                                        
                                                                                                          - Demolidor

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