sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Crítica de "Até que a Sorte nos Separe 2"

Um ano depois Tino retorna ás telonas! Agora, depois de perder a fortuna inteira no primeiro filme, Tino ganha 50 milhões de herança e leva sua família para Las Vegas, onde altas confusões acontecem. O roteiro é muito forçado e se enrola um pouco na narrativa. A narrativa é confusa e comete o grande erro de sempre querer dar um final feliz para as coisas, tornado assim certos acontecimentos previsíveis demais. O roteiro se perde a partir do ponto em que eles chegam em Las Vegas, pois acontecem muitas coisas improváveis seguidamente. Outra coisa que incomoda no roteiro é a troca de humor repentina. Por exemplo: Tino está demonstrando amor por sua mulher de uma forma romântica e subitamente ele faz alguma piada, cortando assim o momento de romantismo sem nenhum propósito para a história, apenas para lembrar ao público que é um filme de comédia. O roteiro deixa as coisas muito explícitas, de uma forma muito "mastigada", explicando cada acontecimento. As piadas (mesmo sendo bobas) são engraçadas e alguns trocadilhos são geniais. O filme possui a participação especial de Jerry Lewis (ícone da comédia americana) que não faz diferença para o enredo, mas diverte o espectador que sabe quem ele é. Também possui uma participação de Anderson Silva que parece sem sentido e existe referência à época em que Hassum fazia a série "Os Caras de Pau, quando seu ex-parceiro Marcius Mellem aparece e ambos se encaram.
O elenco é péssimo. Tirando Leandro Hassum que faz um ótimo papel, caricato e engraçado, os outros atores são bem fracos. Desde a mulher de Tino (que mudou do primeiro filme para esse), até o amigo que ajuda Tino todos possuem atuações fracas e não passam emoção nenhuma, demonstrando uma certa estranheza. Além disso os atores não são humoristas, o que deixa a responsabilidade toda para Hassum carregar o filme sozinho.
O diretor é regular e não aparece muito no filme. Tratando-se de uma comédia pastelão brasileira, ele é obrigado a focar nas piadas, deixando a ambientação de lado e a fotografia só é percebida nos planos gerais de Las Vegas. Tirando essa timidez na ambientação e na fotografia, o diretor faz o que precisa,
focando nos personagens e em seus diálogos.
O filme não possui nenhum efeito especial e os efeitos visuais também são pouco usados, mas quando são, ficam meio estranhos. Um exemplo claro é um tiro disparado que ficou muito "fake" e irrealista. O figurino é clichê dos filmes passados na cidade, mas não afetam nada.
O filme apesar dum roteiro confuso e irrealista, diverte o espectador duma forma muito boba, mas mesmo assim engraçada e usa a qualidade de Leandro Hassum para demonstrar boas piadas que seriam melhor usadas num "stand-up"e não na sétima arte. O filme parece uma continuação desnecessária, feita apenas para possuir uma grande bilheteria, em vez de contar uma boa história. Uma comédia brasileira situada nos Estados Unidos  com um roteiro embolado e "mastigado" que só não é um completo desastre pela qualidade de Leandro Hassum.

Nota: 

                       - Demolidor


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