sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Crítica de "Thor - O Mundo Sombrio"

O Deus do Trovão de volta aos cinemas. Na trama da história existiam elfos negros desde antes do Universo nascer que espalhavam trevas por onde passavam. Seu principal líder era Malekith. Malekith criara uma força imensamente destrutiva e ele pretendia dar um fim ao Universo. Porém, o pai de Odin o derrotou e o colocou num sono profundo e escondeu a força destruidora num lugar (supostamente) seguro. Sabendo disso, o filme começa com essa força retornando e acordando seu mestre Malekith. A força instala-se no corpo de Jane Foster (Natalie Portman) e Thor (Chris Hemsworth) precisa da ajuda de Loki (Tom Hiddleston) para expulsá-la e destruí-la. O roteiro foi bom. Possui alguns furos em algumas partes (como no final, porém não falaremos para não dar spoilers), mas o saldo total foi ótimo. O roteiro possui diálogos interessantes e que demonstram a personalidade dos personagens (a mesma personalidade que eles tem nas HQs). O vilão Malekith foi bem construído e seu poder foi bem aproveitado para fazer um vilão capaz de derrotar o herói do filme. Ninguém mais aguentava o Loki como vilão em todos os filmes! O papel do Loki nesse filme foi sensacional pois ele deixou de ser um vilão para ajudar seu irmão a combater Malekith, mas mesmo assim Loki ainda não é confiável. O roteiro consegue enaganar em momentos propícios usufruindo dos poderes de Loki, o Deus da Trapaça. Às vezes você pensa que ele está em um lugar, mas está em outro e isso desenvolve-se do início ao fim. A mitologia de Asgard presente no longa foi bem desenvolvida. Os seus costumes, suas festas, seu modo de agir, tudo foi bem explorado pelo roteirista para apresentar um povo desconhecido ao cinema de uma forma fiel aos quadrinhos

O elenco principal do filme foi excelente. Depois de dois filmes encarnando o personagem ("Thor" e "Os Vingadores") Chris Hemsworth faz um bom papel. Ele passa muito bem a ideia do herói estar ganhando maturidade e tornando-se responsável e honrado. Natalie Portman (acostumada com grandes "blockbusters") faz uma atuação mediana. Em alguns momentos ela não demonstra surpresa em cenas inacreditáveis e isso prejudica o seu desempenho geral (o Demolidor acha isso. O Bilbo gostou de sua atuação e considera uma evolução enorme do primeiro filme para esse) Anthony Hopkins com toda sua experiência dá um belo desenvolvimento ao Odin e o torna um personagem forte.Tom Hiddleston dá um show de atuação e o espectador realmente fica com raiva do ator por certas atitudes de seu personagem. Existe uma atriz da série "2 Broke Girls" que participa do filme (como faz no primeiro) e seu papel é indispensável para as boas risadas do longa, mas em alguns momentos a sua participação e a de um outro estagiário são questionáveis (em relação ao roteiro do filme, a existência dos dois é desnecessária. Assim como no primeiro filme).

A direção é de Alan Taylor, um novato no ramo. Sua direção passa despercebida. Ele não comete nenhum erro nítido e consegue desenrolar a história duma forma eficiente, realizando cortes certeiros. Há uma parte do filme em que aparece Thor bolando um plano sentando à mesa com seus companheiros asgardianos. Enquanto ele vai narrando seu plano, a câmera mostra os personagens realizando as ações planejadas. Foi um momento de criatividade do diretor que encaixou corretamente com a cena. São cenas como essa que dão um bom começo para o diretor e com o passar do tempo ele vai ganhando confiança para novas tentativas.

Os efeitos visuais são belíssimos. A fotografia - principalmente em Asgard - consegue pegar belas paisagens nos planos inferiores. Cachoeiras e estrelas são notadas. Além disso, a maquiagem dos elfos negros ficou bem realista aos personagens (com um tom mais sombrio). Os efeitos especiais como as naves ou os raios no martelo do Thor também apresentam um bom espetáculo ao público. Os uniformes dos soldados asgardianos também ficaram legais e o figurino em geral desempenhou um bom papel. O filme não foi feito para ser visto em 3D. Na verdade, não faz diferença nenhuma pois o 3D é pouco usado. Mesmo assim, ainda são percebidas cenas com certas limitações, como grandes batalhas que acabam tendo 20 guerreiros de cada lado, algo que poderiam ter melhorado.

A diversão que o filme proporciona é surpreendente. Como trata-se de um filme do Thor, um herói não muito engraçado, muitas pessoas não esperavam piadinhas e situações engraçadas. Porém estavam enganados. O filme apresenta situações inusitadas combinadas com piadinhas e referências ao Universo Marvel. Em uma das cenas mais cômicas do longa, o Loki se transforma no Capitão América e fica zoando o personagem. Falando mal da roupa, zoando o patriotismo do herói ... Em outra cena, o mestre Stan Lee aparece e a risada é inevitável. Além do divertimento e da comédia, o longa também atrai o espectador para a história. Em nenhum momento o sono toma conta (e olha que vimos o filme à meia-noite). Um filme que surpreende pela boa diversão e supera em todos os quesitos seu filme antecessor.
OBS: Existem duas cenas pós-créditos.

Nota: 


                                                                                                                             - Demolidor e Bilbo

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