terça-feira, 8 de outubro de 2013

Crítica de "Kick-Ass 2"

A adaptação da HQ de Mark Millar ganhou sua continuação. Estrelado por Aaron Taylor-Johnson, o filme consegue ser engraçado e levado a sério ao mesmo tempo. Após Dave virar um super-herói (visto no primeiro filme), inspira uma nova onda de vigilantes. O excesso deles resulta em novos super grupos. Dave entra num deles (chamado Justiça Para Sempre) em que o comandante é ninguém mais ninguém menos do que Coronel Stars (Jim Carrey). Paralelo a isso, o antigo herói Red-Mist torna-se o primeiro super-vilão do mundo, com o nome de Motherf*cker (Christopher Mintz-Plasse). O longa também acompanha o drama da Hit-Girl (Chlöe Grace Moretz), em que após o seu pai, Big Daddy, morrer (visto no primeiro filme) ela passa a viver com um policial que a proíbe de ser uma heroína. O roteiro, escrito por Jeff Wadlow e com a supervisão do autor da HQ, apresenta poucos furos e uma trama consistente. O ambiente em que o cenário foi criado é bem realista e dá uma ideia de que tudo aquilo é possível. O elenco teve um bom papel (superior ao filme anterior) com Aaron Taylor-Johnson interpretando muito bem um herói que só leva porrada e com Jim Carrey saindo um pouco de seus habituais filmes de comédia, para interpretar um personagem sério. Chlöe Grace Moretz está bem como Hit-Girl, batendo em todos. A única ressalva relacionada ao elenco é o vilão. O ator estava mal e com uma atuação forçada.
A fotografia do filme é muito boa pois lembra bastante o visual dos quadrinhos, incluindo até, em certos momentos, balões de fala e narrativa. Além disso, o número de fantasias criadas para este longa é enorme e deixa o filme colorido. O ponto fraco são os efeitos visuais. Principalmente as explosões preguiçosas e falsas. Mas não é algo que piore tanto o filme. Até porque este não depende muito dos efeitos.
A direção não é marcante, mas é funcional. A mudança de diretor não alterou muito o tom do filme, o que é bom pois a mudança não é percebida. As opções do diretor são certeiras, porém não muito notadas. 
O filme é divertido. Em certos momentos é engraçado e as referências ao mundo POP são muitas e certeiras. As cenas de luta são eletrizantes, porém a violência excessiva é desnecessária. Faltou um pulso firme na edição, pois deixaram de cortar algumas cenas, o que tornaria o filme mais dinâmico. Muitas pessoas acharam que o filme ia piorar a qualidade e sair do tom, mas levaram um "chute na bunda", ao filme tornar-se a melhor adaptação de HQ do ano.

Nota: 




- Bilbo e Demolidor



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