sábado, 12 de outubro de 2013

Crítica de "Gravidade"

Um dos filmes mais esperados do ano finalmente estreou nos cinemas! Dirigido por Alfonso Cuarón (“Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban”), o filme conta a história de Ryan Stone (Sandra Bullock), uma astronauta que passa por muitos contratempos no espaço. O longa só tem dois personagens, Ryan e Matt (George Clooney). O roteiro, escrito por Alfonso e Jonás Cuarón consegue construir bem a situação do protagonista e evidenciar o tamanho pequeno e a fragilidade dos humanos diante da imensidão do espaço. Os dois astronautas trabalham numa base espacial mas destroços de outra estação batem em sua base, e os separam. O filme segue Ryan em sua tentativa de voltar para a Terra. Matt a auxilia durante sua jornada.
O elenco é composto por esses dois atores, literalmente. Nenhum outro rosto aparece no filme. Só de figurantes com aparições muito rápidas. Muita gente não vai ao cinema ao ver o nome dos protagonistas. O público acha que vai ser mais um filme bobo romântico. Mas eles contrariam esse pensamento com ótimas atuações.
Visualmente o filme é quase perfeito. A fotografia é realmente impressionante! O espaço, tudo preto com breves aparições do planeta Terra ao fundo. O longa é extremamente fiel à física do espaço, com um fogo com uma forma diferente, em função da falta de gravidade e a movimentação dos personagens e da câmera na tela. Os efeitos visuais são muito bem trabalhados. Dá uma sensação que o filme foi realmente filmado no espaço. Objetos flutuando e a paisagem ao fundo (quase cem por cento digital) só ajudam no realismo, que era a intenção de Cuarón. 
Nenhum outro diretor faria esse filme tão bem como Alfonso Cuarón. Tomadas com a câmera movimentando-se, como se estivesse solta no espaço e explosões sem barulho, afinal o som não se propaga no vácuo. A primeira cena do filme contém aproximadamente dez minutos e não possui nenhum corte visível. Vai desde um plano geral da Terra até um diálogo de close-ups entre os dois astronautas “sem cortes”. São esses pequenos detalhes que fazem de Cuarón o diretor perfeito para este longa.
No geral, o longa é muito emocionante e comovente. Deixa muitas questões para o público como os já citados no primeiro parágrafo. A trilha sonora é sensacional e contribui muito para a emoção do longa. Isso tudo sem falar no 3D - vale a pena ver o filme nas três dimensões. É realmente uma evolução técnica. Consegue ser fiel, inteligente e comovente ao mesmo tempo. Com certeza um dos melhores filmes do ano, o único problema é que não posso dar seis sabres de luz.

Nota: 


- Bilbo


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