quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Crítica de "A Família"

Um novo filme dum gênero extinto no cinema: máfia, porém que vem em forma de comédia. Um gênero (máfia) que se consagrou (principalmente nos anos 70 e 80) com a trilogia "O Poderoso Chefão" e que depois, ganhou bons filmes de se ver. Porém não vamos falar do gênero, mas sim do longa especificamente. O título original é "Malavita" que é o nome da cadela dos personagens principais. Na minha opinião é um título fraco e a adaptação para português ficou bem mais coerente, até para atrair maior público ao cinema. Mas então vamos ao que interessa. "A Família" acompanha uma família mafiosa composta por um marido, uma mulher e dois filhos. Após Giovanni Manzoni (o pai da família interpretado por Robert de Niro) relatar para a polícia os nomes de outros mafiosos, ele entra num programa de proteção à testemunhas e precisa se mudar constantemente de moradia. O filme foca-se na sua estadia na Normandia, uma região da França. A sua mulher Maggie Blake (interpretada por Michelle Pfeiffer) não tem paciência nenhuma e mata sem dó nem piedade. A sua filha Belle ( Dianna Agron) não suporta garotos e sempre dá pancadas neles, até que encontra um estudante universitário que a encanta e a faz mudar sua conduta. O filho Warren (John D'Leo) é bem popular e sempre arruma um esquema para conseguir o que quer. O agente do FBI que protege a família chama-se Robert Stansfield e é interpretado por ninguém mais ninguém menos do que Tommy Lee Jones (MIB). Os diálogos entre este e De Niro são excelentes e dá pra perceber que ambos se divertiram nos dias de filmagem. A maioria das cenas possui uma violência extrema, mas como retratam uma família mafiosa tentam ser o mais realista possível. O elenco, repleto de estrelas, está bem escolhido e a interação entre os personagens foi muito bem trabalhada. Mas o que mais prejudicou o filme foi o roteiro. O início e metade do filme tiveram um bom roteiro, com um índice de acerto elevado. Porém, na parte final do filme o roteiro peca bastante e deixa o filme previsível e mentiroso, mesmo com cenas de arrepiar que só estavam ali para tentar impressionar o público. A fotografia não é muito elaborada e não dá aquele espetáculo para quem vai ao cinema. Um dos pontos mais fortes do longa é a diversão. Mesmo com roteiro e efeitos visuais fracos, o filme é bem engraçado e divertido. Os diálogos, principalmente quando a família está reunida, são super engraçados e fazem o público rir. As cenas de pancadaria de Warren e de Belle são excepcionais e a trilha sonora que entra nesses momentos é cantada e demonstra a devida emoção da cena (ou seja Rock'n Roll para demonstrar violência!!). Apesar de tudo, o filme é uma grande homenagem aos antigos filmes da máfia e para quem é fã desse gênero, o filme é imperdível. Um filme que valeu a pena pela homenagem, mas no geral deixou a desejar em quesitos cruciais.

Nota:

                                                                                                                        - Demolidor

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