sábado, 7 de setembro de 2013

Crítica de "Os Estagiários"

A história se passa quase inteiramente em São Francisco. Mais especificamente na empresa Google. Os protagonistas Billy (Vince Vaughn) e Nick (Owen Wilson) são dois alienados tratando-se de tecnologia, e vão parar como estagiários numa das principais empresas da categoria. O filme mostra a disputa entre alguns grupos de estagiários para entrar como funcionários da empresa. Apenas um grupo pode ganhar. O roteiro escrito por Jared Stern e Vince Vaughn explora bem o drama dos "nerds" na sociedade atual. Afinal, quem quer trabalhar no grupo, são pessoas desse tipo. Um dos pontos mais legais do roteiro é as referências à sagas famosas, como "Harry Potter", "Star Wars", "X-Men", "De Volta para o Futuro", "Jogos Vorazes", "O Senhor dos Anéis"... A história é uma sacada e tanto, afinal hoje em dia existem muitas pessoas que, quando ligam o computador, só sabem usar o "Paint", ou o próprio Google. O longa mostra a situação dessas pessoas na sociedade atual, na qual, se você não participa de uma rede social, você é excluído.
Além dos dois protagonistas, o elenco ainda conta com Dylan O'Brien, Rose Byrne, Aasif Mandvi, etc. Mesmo os personagens sendo, em maioria, sem profundidade, a maioria dos atores consegue cumprir seu papel bem. Por isso, não há muito o que falar do elenco do longa.
A fotografia é muito bem trabalhada, principalmente dentro do Google. Tudo é colorido e dá a impressão de divertido e tecnológico, mesmo sendo um pouco exagerado em relação ao real escritório da empresa. 
O diretor Shawn Levy consegue carregar o filme bem, provocando risos pontualmente. Consegue impor a sua marca e até, em alguns momentos, copiar a de outros diretores, em cenas que fazem referência a outros filmes - como o jogo de quadribol. O principal ponto ruim do filme é o excesso de discursos motivacionais. É possível contar uns dez ou mais durante todo o filme, que é muita coisa. Depois de um tempo, os discursos deixam de motivar e passam a entediar.
O filme consegue cumprir sua principal função, provocar risos, sem apelar para a idiotice ou exagero, como em "Gente Grande 2". É claro que uma vez ou outra, ele dá uma escorregada - mostra um gordo engraçado ou um nerd atrapalhado -, mas não é nada que o atrapalhe muito. O longa é bom para poder refletir sobre o avanço tecnológico no mundo. Há pouco mais de duas décadas, não tínhamos computador. Hoje entramos na Internet pelo celular. E, talvez a ferramenta mais importante de toda a Internet seja o Google. Afinal, se não fosse ele, aqui na crítica não estariam o nome de todos os principais atores do filme.

Nota: 


- Bilbo

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