"O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei"

As pessoas nunca apostavam muito em ficções. Elas eram desacreditadas por todos. Nunca um filme desse gênero ganhara um Oscar de melhor filme. Mas a partir dali, a história do cinema mudaria por causa de "uma das menores criaturas". Peter Jackson! Esse foi o nome que tirou a má impressão de ficção da cabeça das pessoas. O diretor neo-zelandês novamente soube muito bem como reproduzir a história de Tolkien nas telonas. Existia um histórico de trilogias em que o terceiro filme era o pior. De Volta para o Futuro, Matrix, Poderoso Chefão, entre muitas outras. O diretor e sua equipe quebraram esse tabu, produzindo o melhor filme da trilogia e um dos melhores da história do cinema. Claro que o sucesso do filme não depende somente do diretor, mas o elenco também é fundamental. E nisso eles já haviam acertado no primeiro filme. Elijah Wood (Frodo), Ian McKellen (Gandalf), Sean Astin (Sam), Billy Boyd (Pippin), Dominic Monhaghan (Merry), Orlando Bloom (Legolas), Viggo Mortensen (Aragorn), John Rhys Davies (Gimli), Andy Serkis (Gollum), entre muitos outros atores, formaram esse elenco sensacional que contribuiu, e muito para a contação da história que Tolkien inventara. A equipe de maquetes, miniaturas e objetos de cena também foi impecável nessa parte assim como já havia sido nos dois primeiros filmes. Os efeitos visuais impressionam novamente mesmo que pelos mesmos motivos. Visualmente o filme é muito bonito. A trama conta o final do caminho de Frodo, Sam e Gollum para a Montanha da Perdição e a batalha em Pelennor de Aragorn e sua turma, além do Retorno do Rei, como o título já insinuava. Marcado por frases fortes, o longa é emocionante. Mas essa emoção também se dá pela épica trilha sonora de Howard Shore, que é praticamente impossível de esquecer e que as vezes enchem os olhos d'água. Indicado e vencedor de 11 oscars (filme, diretor, roteiro adaptado, figurino, direção de arte, som, maquiagem, efeitos visuais, edição, trilha sonora e canção), igualou os recordes de Titanic e Ben-Hur. Um filme que gerou mais de 1 bilhão de dólares, merecidamente. Mesmo que tenha algumas pessoas que não gostem, ele é preciosísssimo na história do cinema e prova que, literalmente, das menores criaturas, vêm as maiores lendas.